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Crise na pesca: José Festas propõe medida radical

Devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 na economia, os representantes dos pescadores entendem que o setor precisa de “medidas urgentes” e para tal é necessário que o Governo  solicite à Comissão Europeia uma alteração das regras comunitárias, de modo a serem autorizados apoios em situações de crise da saúde, como a que estamos atravessar.José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, defende que “deve manter-se em atividade 30 por cento  da frota nacional” já que uma redução, em 70 por cento, do número de embarcações a laborar  poderia diminuir  todas as atividades conexas à pesca. “É o caso dos funcionários das lotas, tripulantes em terra, compradores, entre outros, evitando-se  assim a concentração de pessoas”, explicou o dirigente que já enviou a proposta ao Governo.José Festas acrescentou que predomina o “desalento” no setor dado que a venda de peixe caiu muito, e com toda a frota operacional, os preços desceram para metade. Os apoios reivindicados seriam semelhantes aos que existem já com a chamada paragem biológica na apanha da sardinha.A verdade é que Portugal já pediu à Comissão Europeia mais apoios para as pescas e que seja revisto o regulamento comunitário  para que seja contemplada  a cessação temporária em situações de crise da saúde pública. O secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, contou ao Jornal de Notícias que Portugal avançou ainda com uma proposta de se criar um Fundo de Garantia Salarial e linhas de crédito, bem como ajudas ao armazenamento -  e, no caso da aquacultura,  a hipótese de compensações pelas quebras nas vendas. 

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