Depois da polémica, Mercado de Gado cancelado
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em segunda-feira, 30 março 2020 08:20
- Escrito por: Ângelo Marques
Depois de polémica quanto baste foi mesmo cancelado o mercado de gado marcado para hoje e amanhã em S. Pedro de Rates, na Póvoa de Varzim. Rui Sousa, presidente da Leicar, a entidade organizadora, decidiu ao início da noite de ontem cancelar o evento embora tenha referido ao Jornal de Notícias que “o mercado abastecedor e outras estruturas de compra e venda semelhantes continuam – e bem – em funcionamento”, tendo em vista o abastecimento da população. Rui Sousa decidiu “acabar com a polémica” apesar ter sido “gizado um plano de contingência, articulado e aprovado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária no sentido de abrir o mercado com todas as condições de segurança”. O dirigente associativo acrescentou que até foi “incentivado” pelo Ministério da Agricultura a levar avante o mercado que, no limite, entre produtores e compradores teria “30 pessoas, num espaço arejado com três mil metros quadrados”.Ao longo do dia de ontem manifestou-se contra a realização do mercado o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, como referimos na Onda Viva (recorde aqui), explicou que estava preocupado com a possível aglomeração de 300 pessoas das quais “grande parte de outros Concelhos e até mesmo de outros países, nomeadamente Espanha”. Nos termos da lei, a Câmara não podia proibir o evento. Entretanto também o delegado de Saúde da Póvoa de Varzim, Luís Castro, emitiu um “parecer negativo” considerando que o mercado contrariava as “orientações” do atual Estado de Emergência em que se encontra o país “colocando em risco a saúde pública”. Nesse sentido determinou a “suspensão imediata do referido mercado de gado” e notificou Rui Sousa de que o incumprimento da decisão faria o presidente da Leicar incorrer em responsabilidade criminal.Também o presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto determinou a proibição do mercado e comunicou às autoridades a sua decisão. No documento Marco Martins reconhece que agiu após um pedido de Aires Pereira e que contactou a ministra da Agricultura tendo Maria do Céu Albuquerque garantido que a não realização do leilão “não impediria o normal funcionamento da cadeia alimentar e dos respetivos canais de distribuição”.
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