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Centro Hospitalar aposta na cultura digital

O Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim / Vila do Conde quer que os cidadãos utilizem mais e melhor as aplicações informáticas no contacto com a entidade que gere os dois hospitais. Mas os responsáveis sabem que, no universo de 150 mil utentes, nem todos conseguem dominar os meios tecnológicos e, por isso, assinaram esta quinta-feira protocolos com as Câmaras Municipais, juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras entidades que, por estarem mais perto dos cidadãos, podem prestar esse auxílio.  É uma nova etapa num projeto que tem vindo a ser desenvolvido internamente no Centro, preconizando o aumento de ferramentas tecnológicas e a consequente diminuição de consumíveis, fazendo juz à intenção governamental intitulada “SNS Sem papel”. Por cá, Póvoa de Varzim / Vila do Conde, ao projeto foi dado o nome de Hórus, o Deus Grego que representa a coragem e a saúde. O presidente do conselho de administração, Gaspar Pais, antes de explicar a razão dos acordos, contou alguns dos efeitos já alcançados na sua organização

Mas não é só a prescrição de receitas que diminuiu no Centro Hospitalar. Rita Veloso, vogal do Conselho de Administração que está a conduzir o projeto, contou que há efeitos visíveis no arquivo – já digitalizado -, nas comunicações judiciais, na obtenção de resultados dos meios complementares de diagnóstico e até na utilização de cartas expedidas que ainda há pouco mais de um mês eram mais de três centenas e agora rondam somente as duas dezenas. Ao todo, o projeto permitiu eliminar 133 procedimentos administrativos inclusive no que diz respeito à marcação de atos prestados pelos serviços do Centro Hospitalar. Ainda assim, o utente tem também um “Espaço cidadão” para tirar dúvidas dentro das duas unidades. A desmaterialização permitiu igualmente reduzir o tempo de resposta às reclamações. A modernização é um processo em curso e, anuncia Rita Veloso, na forja está a criação de um “Chat” ou conversação na Internet entre o utente e o Centro Hospitalar

O projeto em aplicação na Póvoa de Varzim /Vila do Conde foi colher diversos dados a outro que está em desenvolvimento em Loulé, por um Centro Académico ligado à Universidade e à Câmara Municipal. Foi lá que foi sentida a necessidade de criar pontes no terreno, deu conta Nuno Marques, o responsável pelo projeto algarvio. Refira-se ainda que o acréscimo da utilização de ferramentas tecnológicas permitiu reduzir em 65 por cento as falsas urgências já que passou a haver partilha com o Agrupamento de Centros de Saúde da informação dos doentes não urgentes. O Centro Hospitalar local saiu assim do topo nacional desse problema e também viu, de forma global, ser reduzida em oito por cento a procura do Serviço de Urgência.    

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

 

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