Rádio Onda Viva

Emissão Online

Necessidade de crescimento levou Energie a investir um milhão de euros

A Energie, empresa que produz painéis solares (e outros equipamentos da mesma fileira), localizada no Parque Industrial de Laundos, na Póvoa de Varzim, lançou simbolicamente esta quarta-feira a primeira pedra da ampliação das suas instalações, que vai permitir à empresa liderada por Luís Rocha modernizar a produção com a introdução de artigos mais duradouros e feitos com materiais que, através da chamada economia circular, possam ser reciclados ou reaproveitados. Esta é uma nova etapa na vida da firma, mas tinha de ser feita agora já que, não obstante a Energie estar presenta em meia-centena de países, as principais encomendas chegam da Europa onde os consumidores são mais exigentes em relação às materiais-primas usadas. O investimento de um milhão de euros em Laundos numa nova área de 1. 500 metros quadrados ao lado das instalações vai permitir à firma dar esse “passo em frente”, disse Luís Rocha, que lidera uma empresa que ainda recentemente, em 31 de outubro de 2019, completou 38 anos de existência. A produção com base nas restritas normas ambientais é algo que tem de ser equacionado para quem está no setor da Energie, até porque no horizonte vão estar punições através de impostas, antevê o empresário.

Nesta estratégia de adequação da empresa às exigências, a Energie fez uma experiência em Itália – um artigo executado com materiais nobres e 12 anos de durabilidade – e já teve uma consequência positiva com uma encomenda de 1500 equipamentos ( só no primeiro semestre e outro tanto é esperado na segunda metade do ano), o que significa quase 15 por cento da faturação. A Energie quer crescer 10 por cento – fixando a faturação acima dos dois dígitos em milhões de euros – , seguindo uma linha que em 2019 também foi de subida (na casa dos 30 por cento)  Para isso, a empresa vai procurar ultrapassar algumas dificuldades à exportação, entraves colocados por mercados fora da Europa, designadamente em África (está inclusive envolvido o ministério dos Negócios Estrangeiros nas negociações), na Oceânia e no Médio Oriente.

Luís Rocha sublinha que a Energie está presente em 40 países, o que significa um mercado de meia-centena de nações. É por causa do crescimento que surgiu a necessidade de ter instalações maiores, mas também mais funcionários que vão chegar aos 50, ou seja, mais dez - alguns dos quais já estão em formação. O investimento de um milhão de euros teve um apoio financeiro de verbas – 200 mil euros a fundo perdido - da União Europeia através do programa “Inovação Produtiva “ do Portugal 2020. Além do mercado estrangeiro, e segundo a divulgação feita pela Energie, "o novo Orçamento da Estado contempla uma dedução fiscal de 1.000 euros, em sede de IRS, para quem investir em energias alternativas, o que engloba a aquisição de painéis solares. Isso é mais uma oportunidade para podermos aumentar as vendas”. "Os painéis solares Energie, destinados à climatização e águas quentes sanitárias, podem, numa habitação com quatro pessoas, reduzir até 70 por cento, por ano, as emissões de dióxido de carbono”, contabiliza o empresário poveiro.

Para a cerimónia da colocação da primeira pedra, a Energie convidou clientes, amigos, entidades públicas estatais, privadas e o presidente da Câmara Municipal, que, numa sessão no auditório da firma dirigiu-se aos presentes para fazer um ponto da situação no concelho. Por exemplo, Aires Pereira não deixou fugir a oportunidade para recordar que, na Área Metropolitana do Porto, só na Póvoa é que o lucro a partir do IRC das empresas está livre de uma derrama autárquica. O autarca falou ainda das vantagens fiscais no município, dos custos de serviços e da forma como a Câmara facilita a vida empresarial. E com isso a nova fase do Parque Industrial de Laundos (a poente do atual) já tem dois terços de área reservada para novos investimentos. O edil deu ainda os parabéns a Luís Rocha e à Energie pela aposta no investimento e na modernização assim como na sempre útil criação de postos de trabalho. As obras da expansão da Energie devem ficar concluídas num prazo de seis meses.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

   

VianaCar

RECOMENDADAS

Login