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100 anos de Tapetes de Beiriz em livro e exposição

A celebração do centenário da Fábrica dos Tapetes de Beiriz ficou marcada por um ponto alto realizado no Museu Municipal. Foi lá que decorreu a inauguração de uma exposição e o lançamento de um livro comemorativo. Em ambas as iniciativas está registada a história da fábrica e dos vários intervenientes, a resiliência e a força que sustentaram a criação, a preservação e a inovação de um produto a que estão associados os conceitos de conforto e qualidade. Na cerimónia festiva desta empresa poveira, o autarca Aires Pereira destacou o facto de ter sido criada por uma mulher, Hilda Brandão Miranda, circunstância inusitada há cem anos. Desde então a história dos tapetes de Beiriz tem sido escrita quase exclusivamente no feminino. Começou com seis camponesas-tecedeiras em 1919 e chegou a empregar 350 operárias ao mesmo tempo, tendo durante décadas desempenhado um papel muito relevante na economia da região. O Palácio da Paz, em Haia, as Câmaras Municipais de Lisboa e do Porto, o Palácio de Belém e os teatros nacionais de S. Carlos e S. João são alguns dos locais que exibem exemplares deste artigo centenário. Depois de 15 anos de interregno originados pela Revolução de 1974, a Fábrica foi recuperada em 1989 pela alemã Heidi Hannamann Ferreira, que a reabilitou com apoio de antigas funcionárias. Hoje é a filha, Cátia Ferreira, a terceira mulher à frente da empresa, quem tem a tarefa de dar continuidade a esta indústria artesanal.

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