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Póvoa e V. Conde na lista negra da SOS Animal

A Associação SOS Animal apresentou na Assembleia da República uma “Iniciativa legislativa de cidadãos” para acabar com as corridas de cães em Portugal, nomeadamente as que incluem galgos. E no documento aparecem os nomes da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, já que são locais onde residem alguns dos 23 galgueiros nacionais certificados, mas também porque nos respetivos teritórios há duas pistas – a da Estela, na Póvoa e a de Mindelo,no concelho vila-condense.Outros locais apontados são: Vila Nova de Famalicão (pista de Nine) ,  Bombarral ( nas instalações da Associação Galgueira do Centro), Alenquer (pista da Romeira) e  Cuba do Alentejo (espaço da Associação Galgueira local) Na justificação para a iniciativa, a associação aponta que os animais não correm de forma livre, mas são inseridos num contexto de maus tratos. O documento menciona a utilização de “doping”, de “coleiras de choque” e de “noras” mecanizadas que obrigam os cães a correr em círculo em velocidades excessivas e quando “não acompanham o ritmo, são-lhes infringidos choques elétricos”. Mais: “Os galgos começam os treinos com 2/3 meses de idade. Os mais velhos corredores têm apenas 2 anos de idade. Ao longo das suas curtas vidas, são submetidos a treinos violentos e desgastantes para a saúde, a vidas miseráveis e indignas, culminando muitas vezes na morte ou no abandono”, lê-se no documento em deu entrada na Assembleia da República e que pode conhecer em detalhe aqui. Os proponentes querem que haja um aditamento ao Código Penal para que quem “organizar corridas de cães, divulgar, vender ingressos, fornecer instalações, prestar auxílio material ou qualquer outro serviço inerente à sua realização, seja punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 200 dias. Mas não só: “Quem participar com cães e/ou lebres em corridas de cães, deve ter uma pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias”.O diploma prevê ainda para os assistentes  das corridas coimas entre 750 e 5000 mil euros. Recorde-se o Bloco de Esquerda e o PAN em junho passado apresentados projetos-lei com a intenção de proibir as corridas, mas os diplomas, que surgiram na sequência de uma petição apresentada na Assembleia da República, foram chumbados por PSD, CDS e PCP.  Agora a SOS Animal volta à carga e quer que o assunto seja debatida no Parlamento, tendo apresentado a iniciativa que esta manhã contava com 3107 subscritores. Na ocasião dos debates polémicos em junho, diversos galgueiros vieram a público refutar a existência de maus tratos a animais, pelo contrário disseram que os cães têm um tratamento afetuoso, inclusivamente clínico, e recusaram a ideia que haja um mundo de apostas milionário em Portugal. Isto ao contrário do que acusa agora a SOS Animal, a propósito dos tais 23 criadores referenciados escreve na sua iniciativa: “estão listados numa base de dados internacional, gerida por apostadores profissionais”.  

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

VianaCar

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