V. Conde: queixa à Comissão Europeia contra Câmara

Detalhes: Categoria: Notícias Regionais; Publicado em quarta-feira, 16 outubro 2019 09:55; Escrito por: Ângelo Marques

A Câmara de Vila do Conde vai ser alvo de uma queixa junto da Comissão Europeia por razões ambientais. O jornal "O Público" dá conta que o Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (Fapas) decidiu queixar-se a Bruxelas sobre o projeto que a autarquia pretende concretizar numa área sensível do seu território, com recurso a fundos comunitários, através do programa Norte 2020. Desde logo, o FAPAS recorre às placas já colocadas no local para referir: “Registamos a intenção de substituir o histórico nome “Reserva Ornitológica de Mindelo” pelo acrónimo “Naturconde”, da referida candidatura, o que nos leva a pensar, depois de ver as injustificadas aberturas de caminhos feitas recentemente, que por trás esteja o objectivo de fazer da reserva ornitológica um novo parque de lazer, esquecendo a sua função”.A associação ambientalista reconhece que os parques de lazer são importantes para a população, mas neste caso em concreto há fauna e flora que são precisos preservar.“Uma coisa é a vocação recreativa de um parque, outra é a vocação conservsacionista de uma área protegida. Nas duas é possível o recreio e lazer, mas com códigos de conduta diferentes”, refere o Fapas que promete tudo fazer para salvaguardar “o nome e a memória da reserva” que pode ser ocultado com a opção autárquica que qualifica de “aberrante”. A mesma fonte cita o outro lado da questão. A Câmara Municipal de Vila do Conde salientou que a utilização da “genérica designação Naturconde” foi escolhida para dar resposta ao “amplo conjunto de acções materiais e de divulgação” que são próprios de uma candidatura aos fundos comunitários. Num texto enviado pela Câmara à Agência Lusa:“Esta designação não se refere ao território, mas sim a acções de intervenção nesse próprio território, de modo a que a riqueza específica e única, do mesmo, possa ser efectivamente preservada, divulgada e acessível a quem dela quiser usufruir, ou seja, todos os amigos do ambiente e da paisagem protegida”.