Dono de stand poveiro apanhado nas malhas do narcotráfico
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quarta-feira, 27 março 2019 18:26
- Escrito por: Vítor Agra
O empresário Augusto Fernandes, dono de um famoso stand de automóveis em Argivai, na Póvoa de Varzim, que ficou conhecido por ter vendido o carro em que veio a falecer num acidente rodoviário o ator e cantor Angélico Vieira, foi um dos indivíduos detidos no âmbito de uma operação de grandes dimensões efetuada pela GNR contra o tráfico de droga. A ação culminou na madrugada de quarta-feira com a detenção de nove pessoas nos distritos de Setúbal, Lisboa e Porto.
Foram detidos mais seis homens e duas mulheres, com idades entre os 21 e os 47 anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e branqueamento de capitais. Em comunicado, a GNR diz que se tratava de “uma estrutura criminal bem organizada, hierarquizada e de elevada complexidade, sedeada em Almada, com ligações a outros grupos de indivíduos fornecedores de estupefacientes da zona da Grande Lisboa, e dedicava-se exclusivamente ao tráfico de heroína e cocaína, usando métodos ardilosos, como a criação de empresas, que serviam para justificar e branquear as avultadas quantidades de dinheiro obtidas”.
A GNR detalha que “a lavagem de capitais passava pela aquisição de bens materiais de elevado valor, como automóveis e motociclos, no stand na Póvoa de Varzim, o qual fornecia ainda veículos de alta cilindrada para o transporte de produto estupefaciente para esta rede, cujo proprietário foi detido”. Nesta operação foram cumpridos 33 mandados de busca, tendo culminado na detenção dos oito suspeitos e na apreensão do seguinte material: 952 doses de heroína; 335 doses de cocaína; oito doses de haxixe; seis veículos; 22. 170 euros em numerário; 75 munições de diversos calibres; duas armas de fogo e duas réplicas de armas de fogo, bem como artigos relacionados com a distribuição de droga, peças em ouro, equipamento eletrónico e informático, telemóveis e documentação contabilística e bancária. Os detidos permaneceram nas instalações da GNR, sendo posteriormente presentes no Tribunal Judicial de Almada.
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