Autarca acusado de irregularidades diz nada ter a temer
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quinta-feira, 20 dezembro 2018 15:41
- Escrito por: João Ricardo
Em Vila do Conde há uma União de Freguesias onde o orçamento para o próximo ano não mereceu a aprovação na assembleia de nenhum partido nem aquele em que o próprio presidente da Junta concorreu. O caso está nas páginas do jornal quinzenário Terras do Ave e sucedeu na União de Freguesias Fornelo/Vairão. O líder da junta, Serafim Santos, foi eleito pelo PS, mas agora viu a bancada socialista na assembleia reprovar-lhe os documentos previsionais. O mesmo fizeram, aliás, os eleitos pelo PSD. Só os membros da lista independente NAU é que preferiram a abstenção. Os membros do PS acusam a pessoa que tiveram como cabeça-de-lista de já não refletir, e vou citar, “a vontade da população para estar à frente dos destinos da sua freguesia” e, por outro lado, na assembleia municipal, onde tem assento, tem contrariado “o princípio de lealdade com o PS”.
O jornal regista que aquando da apreciação do relatório de contas também não houve votos favoráveis e, numa declaração de voto dos elementos do PS, eram apontados alguns problemas graves entre lançamento inadequado das faturas e ausência de controlo de caixa e de viaturas, levantamentos bancários de numerário e pagamentos sem apresentação da fatura. Ao jornal, o visado disse que as acusações não têm qualquer fundamentação, está tudo legal e nada ter a temer. E acrescenta que as entidades competentes “estão a investigar o caso” e por isso diz-se tranquilo. As entidades, segundo o quinzenário, são o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Autoridade Tributária.
O presidente da concelhia socialista, Abel Maia, diz que a questão política vai ser esclarecida já no início de 2019 e adianta que “não pode haver jogo duplo”. É que outra das acusações feitas a Serafim Santos é a de, na assembleia municipal, votar ao lado da NAU, “contrariando o princípio de lealdade para com a lista que o apoiou”. O autarca justifica que quando é para o bem do povo da sua freguesia não vê porque há-de votar em sentido contrário.
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