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Silêncio e ruído marcaram assembleia

O debate sobre a descentralização administrativa consumiu grande parte do tempo da Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim. Apesar de todos os partidos terem concordado que essa transferência de competências anunciada pelo Governo ainda é pouco concreta e tem muito ruído a envolvê-la, não passaram os documentos apresentados pelo Bloco de Esquerda e pela CDU que pretendiam que a assembleia tomasse uma manifestação política que a Póvoa não está disponível para ser uma mera tarefeira daquilo que compete à Administração Central. O próprio presidente da Câmara, Aires Pereira, leu o conteúdo de uma carta que enviou ao Governo em que o município explica "tim-tim-por-tim-tim" porque discorda das verbas e das matérias a remeter para a esfera autárquica, tendo em conta o que já se conhece. Os documentos do BE e da CDU não passaram porque os partidos autores só conseguiram cativar mais o voto do PAN. O CDS e o PSD abstiveram-se  e, dessa forma, o PS que até está em minoria chumbou as propostas que punham em causa uma matéria do foro do governo de António Costa. Talvez por isso, no final, Vítor Pinto,do Bloco de Esquerda tenha dito que a bancada do PSD agira contra o presidente da Câmara, eleito pelo mesmo partido. Na bancada do PAN, Diana Vianez pediu a suspensão do mandato por seis meses e entrou uma substituta que, por sua vez não pôde estar presente e deu o lugar a José Pedro Sousa que comentou o assunto e sobretudo a abstenção do PSD que é a posição correta conforme estão as coisas, na opinião do presidente da Câmara.Aires Pereira apresentou dados concretos sobre o que custava para a Póvoa ter as competências propostas pelo Governo em questões de saúde e educação. Números que dão razão à CDU sobre as intenções do executivo de António Costa, sublinhou o representante dos comunistas  José Rui Ferreira. O CDS através de Salazar Castelo Branco também tece muitas críticas ao processo proposto pelo Governo. Finalmente o PS, através de Hugo Gonçalves, justificou o chumbo às iniciativas de outros partidos da oposição local pelo facto de ainda se estar a viver uma fase embrionária do processo de descentralização administrativa. Em futuras jornadas informativas, a Rádio Onda Viva vai desenvolver outros temas lançados pelos partidos antes-da- ordem do dia. Por unanimidade foram aprovados dois votos de pesar (expressos pelo presidente da assembleia e por Vítor Pinto, do BE)pela morte de Miguel Rocha Pereira que ocupava o lugar de deputado do Bloco de Esquerda (momento do minuto de silêncio). Os pontos da agenda foram também todos aprovados por unanimidade com exceção de dois empréstimos para a Câmara pagar a sua parte nas obras das escolas de Aver-o-Mar e Flávio Gonçalves. O líder da autarquia Aires Pereira pediu o adiamento da discussão para outra sessão, eventualmente extraordinária, porque há a possibilidade de a União Europeua, através do Banco Europeu de Investimento, abrir mais os cordões à bolsa e, assim, não ser preciso recorrer à banca com um valor tão elevado.

 

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

 

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