Rádio Onda Viva

Emissão Online

Às claques no S. Pedro: 'Isto não vai ser a Academia de Alcochete', avisa presidente

Aires Pereira considera que não se pode tapar o sol com a peneira: está a crescer a preocupação com as questões de segurança no espetáculo das rusgas de S. Pedro no estádio do Varzim. Os sinais têm surgido nos últimos anos e o presidente da Câmara dá o exemplo do mau comportamento de alguns elementos das claques que chegaram a colocar em risco a continuidade do último espetáculo, na noite do passado sábado. Chegaram a ser lançados petardos para cima de pessoas, descreveu (ouça nos noticiários) Os responsáveis da PSP chegaram a abordar o líder da autarquia e a interrupção esteve por um fio, contou o próprio Aires Pereira que confessa o desagrado com algumas atitudes semelhantes às que costumam ser assumidas por adeptos radicais de clubes de futebol rivais. Aires Pereira diz também que foi abordado por mães de jovens ameaçados por claques, ou seja um clima impróprio de festejos populares que no passado chegaram a ser suspensos por causa da violência na grande noitada. 'Isto não vai ser a Academia de Alcochete', disse o edil recorrendo à comparação com a invasão por adeptos ao centro de treinos de Sporting. Aires Pereira tocou ontem no assunto sessão da assembleia municipal, depois do PS ter criticado alguns aspetos das festas. Os socialistas apresentaram uma moção para que a Câmara reforçasse as estratégias de segurança, mas sobretudo que permitisse que a música para os jovens pudesse continuar a tocar para além das quatro da manhã mais propriamente até às seis da matina. Aires Pereira argumentou que a medida foi aplicada, pelo segundo consecutivo, nas chamadas “raves” no Largo do Passeio Alegre, Esplanada do Carvalhido e Largo Caetano Oliveira que no seu entender têm pouco a ver com a tradição local. De resto, nos bairros houve bailarico até de manhã e a polícia não interveio. O autarca justificou que a proibição visa conquistar tempo para ser possível limpar a cidade, respeitar também quem tem de trabalhar no dia seguinte – os decibéis das “raves” atingem níveis elevados - e atenuar o problema de comas por excesso de consumo de bebidas alcoólicas que em dois anos desceu para metade. O PS parecia que adivinhava o argumento de Aires Pereira, porque a moção, apresentada por Hugo Carvalho, antecipava o contraditório (ouça no noticiário). A moção do PS foi reprovada com os votos contra do PSD, a abstenção do PAN, CDU e CDS, tendo votado a favor o Bloco de Esquerda e o partido proponente.  Mas sobre o S. Pedro, a bancada socialista voltaria à carga e novamente sobre a questão do estádio tendo Cristiana Fernandes defendido que Aires Pereira estava errado. A eleita do PS ainda tentou levar a votação a moção, mas a maioria PSD reprovou a admissão para debate o que suscitou o repúdio dos socialistas e de Vitor Pinto de Esquerda que na questão das festas até concorda com o acerto proposto inicialmente. Ao púlpito foi também Salazar Castelo Branco , do CDS reerguer uma velha bandeira do partido: a criação de um regulamento das festas de S. Pedro.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

VianaCar

RECOMENDADAS

Login