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Fim das touradas: surpresas e pedido de referendo

A partir de 2019 ficam proibidas as touradas na Póvoa de Varzim ou outros espetáculos que envolvam violência sobre animais. Essa foi a decisão da assembleia municipal que, ontem à noite, na mais concorrida sessão do mandato, aprovou uma proposta do executivo camarário onde a maioria PSD e os eleitos do PS já tinham o seu aval à interdição. Mas, curiosamente, foi da bancada dos sociais-democratas que surgiram as maiores surpresas: não só por de lá terem saído três dos cinco votos contra - o habitual porta-voz,  Joaquim Vianez, também Miranda Coelho e ainda António Pontes, presidente da Junta de Laundos -  e as abstenções de Luís Gamito e do substituto do presidente de junta de Rates (ouça no noticiário as justificações).  As opções pessoais vieram ao de cima e não podia ser de outra forma, justificou o presidente da Câmara Aires Pereira que confirmou ter sido previamente acertada a liberdade de voto nesta matéria. A proposta também foi rejeitada pelos dois eleitos do CDS Andreia Gomes e o porta-voz Artur Salazar Castelo Branco que defendeu a realização de um referendo local. O dirigente centrista fez também alusão a uma incoerência da autarquia que nesta altura está a apoiar a realização em Rates de um campeonato do mundo de tiro aos pombos, mas depois vem a público falar dos direitos dos animais. Aires Pereira justificou que a prova foi agendada há bastante tempo, mas doravante situações semelhantes não poderão suceder. Para o PS, pela voz de Francisca Ferreira, a maioria social-democrata que gere a Câmara só agora diz aquilo que os socialistas pregam há muito tempo sobre a defesa dos animais, mas ainda assim proposta foi positiva considerou, por sua vez, Diana Vianez, do PAN. João Ferreira, da CDU, alegou que a tourada não tem pergaminhos na Póvoa de Varzim e Vitor Pinto, do Bloco de Esquerda, concordando com a proposta vincou que os aficionados devem também ser respeitados. No final da sessão na parte de intervenção ao público duas pessoas falaram sobre a decisão sobre a tourada e uma delas foi Rui Porto Maia (na imagem a deixar o púlpito), do  Movimento a Favor da Festa de Toiros na Póvoa de Varzim que se queixou de ter perdido um direito que lhe é garantido pela Constituição dando mais uma vez a entender que a proibição poderá chegar a tribunal. Em futuras jornadas informativas na Onda Viva iremos escalpelizar outros assuntos tratados na assembleia.

Novatronica

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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