Região paga uma das faturas mais caras do país
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- Categoria: Notícias Regionais
- Publicado em quarta-feira, 27 junho 2018 15:28
- Escrito por: João Ricardo
Póvoa de Varzim e Vila do Conde estão no top-10 nacional na cobrança de tarifas mais elevadas pelo abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos urbanos. De acordo com dados recolhidos pela DECO em Abril deste ano, o município vilacondense está mesmo na terceira posição da tabela, cobrando 238,87 euros por ano pelo abastecimento de 120 m3 de água, 147,52 euros pelo saneamento e 74,64 euros pelos resíduos sólidos urbanos, totalizando 461,03 euros por ano. A concessão à Indaqua tem sido muito contestada pela oposição, que agora ganha novo alento nessa luta que tem travado junto da presidente Elisa Ferraz para que seja renegociado o contrato. O mesmo estudo coloca a autarquia poveira na décima posição, cobrando 116,88 euros por ano pelo abastecimento de 120 m3 de água, 148,08 euros pelo saneamento e 122,04 euros pelos resíduos sólidos urbanos, totalizando 387 euros por ano. Neste caso, o abastecimento de água ainda é controlado pelo município.
Numa comparação entre os dois concelhos, verifica-se que a água é mais cara em V.Conde e os resíduos mais elevados na Póvoa, havendo equilíbrio no saneamento, sendo na globalidade mais prejudicados em termos de preços os vilacondenses, que pagam mais 74 euros por ano que os poveiros. O PS – Póvoa já emitiu um comunicado a lamentar estes números e a criticar a posição do presidente Aires Pereira, tendo o líder João Trocado deixado duas notas: “Por um lado, um erário municipal suportado em tarifas elevadas, que os poveiros pagam mensalmente pela fatura da água, permite maior laxismo na gestão dos recursos de todos nós, tornando possíveis despesas que estão à vista de todos, que de outra forma não seriam feitas. Por outro, um tarifário desproporcionado e injusto, como há muito temos vindo a alertar e por diversas vezes a propor alterações, sempre rejeitadas pela maioria, põe a nu uma forma ultrapassada de fazer política, a necessitar de ser renovada através de uma perspetiva mais moderna e humanista”.
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