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Desportivo "está a remar contra a maré", diz Aires Pereira

Na sessão da assembleia municipal da Póvoa de Varzim foi aprovada por unanimidade a suspensão do Plano de Pormenor da Zona E54 que previa a atribuição de um índice de construção excecional (mais elevado do que o previsto no Plano Diretor Municipal) ao Desportivo da Póvoa (CDP) e ao Varzim para que os dois clubes fizessem uma operação imobiliária que lhes garantisse o músculo financeiro necessário para transferir as suas instalações para o parque da cidade. Mas todos os partidos presentes na sessão de ontem entendem que, desde a definição do anterior plano em 2009, alteraram-se diversos pressupostos – imobiliários, financeiros e até económicos – que merecem uma nova ponderação sobre o tipo de construção para aquela zona sensível da cidade, junto ao mar. E ontem decidiram parar com tudo para que um gabinete a contratar pela Câmara Municipal possa indicar novas soluções que, prometeu o presidente Aires Pereira, serão alvo de uma auscultação pública com um período para a receção de sugestões. O ideal seria que a solução agradasse aos dois clubes, mas se em relação ao Varzim tem havido entendimento entre o clube e aquilo que é a ideia, para já genérica, da maioria PSD na Câmara; a verdade é que em relação ao CDP o relacionamento não é tão fluído. Aires Pereira disse aos jornalistas que o Desportivo está “a remar contra a maré” –“como se comprova com a aprovação por unanimidade” – e inclusive já depois de saber da intenção da suspensão, solicitou, sem sucesso à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte que travasse a decisão de ontem. O autarca adiantou na sessão que o clube passou uma procuração à empresa angolana (PEC - Projetos, Consultadoria e Investimentos, lda) com quem firmou um acordo para a operação imobiliária, dando-lhe poderes para tratar dos assuntos relativos a esta matéria. E somente depois da tomada de decisão do executivo sobre a suspensão é que solicitou uma reunião à Câmara que Aires Pereira vai levar à discussão na próxima reunião com a vereação.  Até pelo tom do edil transpareceu  o PS, pela voz de Miguel  Pinto, ao  explicar a posição socialista de concordância com a suspensão, enviou um recado a Aires Pereira para que, nunca esquecendo os deveres do cargo que ocupe, trate os dois clubes da mesma forma. E sobre a ocupação da zona em causa, o PS reserva para mais tarde a divulgação de uma proposta mais pormenorizada, mas o alívio da pressão urbanística seria algo que o maior partido da oposição veria com bons olhos. A fruição de espaços públicos também foi defendida por Miguel Rocha Pereira (Bloco de Esquerda), Salazar Castelo Branco (CDS), Diana Vianez (PAN) e João Martins (CDU), porta-vozes das respetivas forças partidárias.   

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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