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Paróquia envolvida na luta política em V. Conde

O relacionamento da Câmara com a Paróquia de S. João Batista esteve, por duas vezes, no centro do confronto político entre o PS e o movimento Elisa Ferraz – Nós Avançamos Unidos (NAU), na última sessão da assembleia municipal de Vila do Conde. Foram dois momentos de tensão entre os socialistas que, nas últimas eleições, perderam a presidência da Câmara para a lista independente de Elisa Ferraz. E tudo começou quando a bancada do PS apresentou um voto de louvor ao prior e ao Conselho Económico e Social da Igreja citadina, tendo em conta o projeto de reconstrução do Centro Paroquial local. Mas o documento socialista fazia também a recomendação à Câmara para apoiar financeiramente a obra e publicitar nos jornais o voto proposto pelo PS, e isso desgradou a Elisa Ferraz. Abel Maia, do PS, alegou que em causa está uma empreitada que pode beneficiar Vila do Conde devendo a Câmara seguir a mesma atuação do passado. Mas Elisa Ferraz contrapôs defendendo que a autarquia tem apoiado as instituições cobrindo comparticipações em candidaturas a verbas comunitárias, isentando-as de taxas ou mesmo fazendo projetos, mas sem ser diretamente com a injeção de capital (dinheiro). A troca de argumentos durou bastante tempo e chegou a estar acesa quanto baste. O certo é que o voto de louvor foi aprovado com os votos favoráveis do PS e dos eleitos nas listas PSD/CDS. Os elementos da Nau votaram contra e houve ainda duas abstenções. Mas, mais tarde, o relacionamento da Câmara com a paróquia voltaria à baila. O PS quis saber por que é que a Câmara negou a utilização do Mosteiro de Santa Clara para a realização do Dia da Paróquia e Elisa Ferraz não deixou passar em claro a repetição de um tema relacionado coma Igreja considerando o repique inadmissível. Mas o PS insistiu em saber o motivo da recusa, até porque João Fonseca lembrou que a NAU utilizou o mosteiro na última campanha eleitoral. A presidente considerou as situações incomparáveis, mas Abel Maia contrapôs, em mais um pingue-pongue de argumentos. Está bom de ver que a troca de galhardetes entre ex-camaradas ocupou um tempo considerável assembleia o que levou Miguel Pereira, do PSD, a ironizar: “tanto tempo a se discutir um assunto. Sei que é normal quando se está desesperado agarrar-se à fé. Será que é isso que se passa?”, disse gerando risos na plateia. Citado pelo jornal Terras do Ave desta semana, o prior desvaloriza a polémica política, considera “estranha” a atitude da Câmara  e salienta que o espaço religioso a remodelar estará aberto à comunidade.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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