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Polémica na pesca: esclarecimento da APARA

Eduardo Matos, diretor executivo da APARA (Associação de Produtores de Pesca Artesanal da Região de Aveiro) contactou a Rádio Onda Viva para esclarecer a posição daquela instituição relativamente à polémica surgida com o despacho do Diretor Geral das Pescas impondo, desde a passada segunda-feira, algumas restrições à captura de biqueirão. Recorde-se que Carlos Cruz, presidente da Apropesca, Organização de Produtores sediada na Póvoa de Varzim, disse que o despacho não levava em linha de conta o que a maioria das associações defendera numa reunião, mas somente aquilo que a APARA preconizou. Uma visão que pode recordar no nosso site ou consultando os noticiários do passado domingo ou aqui. Mas Eduardo Matos diz que não é bem assim e lembra que o diretor-geral, que assina o despacho, até levou em linha de conta os interesses das duas partes que se criaram nesta matéria: a APARA e a AnopCerco, na qual está integrada a Apropesca. Eduardo Matos diz que se sentiu chocado com as declarações de Carlos Cruz, o presidente da Apropesca, quanto à defesa da paragem total quando grande parte dos seus associados têm barcos com menos de 16 metros. O dirigente da APARA acrescentou que as associações a Norte de Peniche reuniram-se em meados de fevereiro e acertaram que iriam defender a paragem de toda a pesca do biqueirão. Mas quando foi confrontado com essa possibilidade o secretário de estado das Pescas disse que não via motivo para tal e, posteriormente, a subdiretora-geral das pescas concordou com o governante. Face a isso, a APARA tomou uma decisão com os armadores seus associados que, por unanimidade, decidiram manter a gestão de capturas na Organização de Produtores (OP) que funciona no porto de Aveiro. Isto apesar de ser controlada a dimensão, tamanho e preço do biqueirão para gestão da quota. Eduardo Matos salienta que a APARA foi surpreendida por uma convocatória pelo diretor-geral para  uma reunião quando a associação já tinha definido a sua estratégia. E foi isso que o presidente da associação deixou claro no encontro em Lisboa com as restantes associações (ouça todos os esclarecimentos no noticiário, nesta página). Nesta altura há limitações à captura de biqueirão.  A norte de Sintra os barcos maiores de 16 metros não podem pescar a espécie e os mais pequenos somente 50 cabazes por cada um dos três dias permitidos. A Sul, as embarcações maiores podem chegar aos 140 cabazes e as menores aos 70.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

Imagem:SIC

 

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