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Mais uma polémica na pesca

Estão a ferver os ânimos da maioria das comunidades piscatórias que se dedicam à apanha do biqueirão. É que os preços andam baixos e aumentou a oferta com o regresso dos espanhóis ao mar. A maioria das associações queria parar a frota e no Norte isso inclusive já sucedeu, por exemplo na Póvoa de Varzim. Só que a Direção Geral dos Recursos Naturais e Segurança Marítima (DGRNSM) emitiu, na sexta-feira, um despacho a definir a pesca a partir de segunda-feira e, no Norte, os barcos maiores de 16 metros não vão poder pescar nada e os mais pequenos só 50 cabazes,  nos 3 primeiros dias da semana. A sul do cabo da Roca, ou seja a Sul de Sintra, as embarcações maiores podem apanhar 140 cabazes também às segundas, terças e quarta-feiras e as menores 70 igualmente em três dias da semana. Conclusão: a DGRNSM foi de encontro ao defendido por uma única associação, a APARA, numa reunião a meio da semana que procurou estudar a situação do setor. A maioria dos presentes tinha concordado com a proposta da Anopcerco para que no Sul fossem libertadas 100 toneladas para compensar menor rendimento e Agostinho Mata, da Propeixe, acrescentou que barcos sem apoios financeiros também pudessem pescar. O resto parava para fazer os preços subirem. Mas isso não foi o que acabou no despacho da direção geral o que está a provocar polémica. Carlos Cruz (na imagem ao centro), presidente da Apropesca, conta que o documento da DGRNSM levantou uma revolta a Norte sobretudo das associações que são também Organizações de Produtores (OP) que têm de equilibrar a vontade dos pescadores em irem ao mar com os recursos disponíveis e o preço nos mercados. E repare-se que no Norte foram os próprios armadores que decidiram há uma semana encostar as embarcações. Diga-se ainda que, segundo o despacho da Direção Geral dos Recursos Naturais e Segurança, estão impedidos de pescar e fazer descargas no Sul as embarcações “aderentes a Organizações de Produtores com reconhecimento a Norte do Cabo da Roca” e esse impedimento apanha embarcações que sempre trabalharam no sul, mas foram compradas por associados de OP do Norte. Carlos Cruz espera que o governo leve em conta os anseios dos homens do mar porque já formas de lutas a serem faladas entre os pescadores como, por exemplo, impedir a descarga do pescado nalguns portos.

Foto: arquivo

 

VianaCar

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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