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Tensão entre a Câmara e o Desportivo da Póvoa

Aires Pereira recebeu há dias uma carta da empresa angolana PeC – Projetos, Consultadoria e Investimentos a pedir a sua intervenção para o desenvolvimento do negócio imobiliário do Clube Desportivo da Póvoa (CDP).O documento da firma localizada em Luanda refere que foi assinado um contrato “no sentido de promover uma operação imobiliária de urbanização de habitações, lojas e unidade hoteleira de que o Clube é proprietário”. O diretor geral da empresa, António de Castro Vide, frisa que “o momento atual é de ação com vista ao início da execução das obras e à angariação de investidores” para a compra dos lotes que prevêem as edificações. A PeC salienta que “com o seu envolvimento na economia de Angola, tem bons indicadores de potenciais investido que aguardam o encerramento de todo o processo de  legalização do projeto para concretizarem a compras”. As aquisições dos lotes é que vão dar início “à operação conducente às novas instalações desportivas”. Nesse sentido, é pedido ao presidente da Câmara da Póvoa “o superior empenhamento no despacho de processos pendentes” e é solicitada uma audiência com a presença de António castro Vide e do general Manuel Gomes Maiato. Aires Pereira confessa ter sido apanhado de surpresa e estranhou o documento, tendo dado conta do respetivo conteúdo na reunião do executivo realizada ontem. O autarca, entretanto, já respondeu e manifestou o desconhecimento de qualquer alegado contrato entre a PeC e o desportivo, destacando que é ao clube que cabe qualquer abordagem legítima nesta matéria. E a propósito da eventual saída do CDP das atuais instalações, Aires Pereira lembra que os terrenos do CDP estão na área do Plano de Pormenor da zona E54 e que esse documento vai voltar em breve à discussão pública. O presidente da câmara espera que os sócios do clube estejam atentos ao suposto negócio com os investidores angolanos uma vez que “não é do conhecimento público o que está envolvido” e é também desconhecido dos associados. “Espero que os sócios do Desportivo se empenhem no sentido de saber o que se passa e o que resta ao Desportivo da Póvoa a ser verdade o que está na carta”, sublinhou o autarca que prometeu ser “intransigente no cumprimento do plano E54, nas condições que estão definidas” . E percebeu-se que as relações entre a Câmara e o CDP já conheceram melhores dias: “ O Desportivo é uma instituição respeitada e com a Câmara Municipal tem um relacionamento institucional há muito tempo. Grande parte do seu funcionamento tem como alavanca o orçamento municipal e estranho que possa ter sido feito um contrato sem que os sócios do desportivo não tenham conhecimento dele. Sou sócio e também não tenho e, ainda por cima, não se saiba quais são os contornos e o que envolve o contrato em si”.   Em nome da vereação socialista, José Milhazes admitiu igualmente surpresa com o teor da carta e também apontou a necessidade de ser feita a revisão do Plano de Pormenor daquela área. Outros temas tratados na reunião de câmara da Póvoa serão abordados em próximos serviços informativos. Durante a tarde de hoje vai poder ouvir a argumentação de Caldeira Figueiredo, presidente do CDP

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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