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Bastonário critica fim de cirurgia ao cancro da mama em Barcelos

A Ordem dos Médicos considera que o fim das cirurgias ao cancro da mama no hospital de Barcelos não favorece "o acesso aos cuidados de saúde" e não vê justificação para a decisão da Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde.

Recorde-se que, a partir de 1 de abril, sete unidades locais de saúde deixaram de realizar cirurgias ao cancro da mama. São elas Barcelos/Esposende, Oeste, Cova da Beira, Guarda, Castelo Branco, Baixo Mondego e Nordeste.

A Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde diz que o critério foi fechar as unidades com menos de 100 cirurgias/ano e com menos de dois cirurgiões dedicados. Justifica-se com o argumento de garantir "maior experiência, qualidade e segurança nas intervenções cirúrgicas".

A Ordem dos Médicos não concorda. Em declarações à RTP, o bastonário Carlos Cortes diz que a decisão que não favorece o tratamento das mulheres com este problema oncológico e dificulta o acesso aos cuidados de saúde.

Para o bastonário "não deixa de ser curioso" que se faça esta intervenção numa área médica "que não tem problemas". "Portugal na área da cirurgia do cancro da mama é dos países com melhores resultados a nível europeu. Portanto, é curioso estar a alterar uma área da intervenção em saúde (…) em que os resultados portugueses são bons", frisou.

"Isto vai contra tudo o que tem sido desenvolvido para fixar médicos em área mais carenciadas. Nomeadamente, áreas do Interior (…), que têm falta de médicos, têm falta nomeadamente de cirurgiões", reforçou o bastonário.

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