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Tribunal liberta Augusto Fernandes

O Tribunal ordenou a libertação de Augusto Fernandes, o dono do stand da Póvoa de Varzim que, segundo a GNR, foi detido no âmbito da operação que a Guarda denominou de “Asilo 28” e que visou o desmantelamento de uma suposta rede de tráfico de droga com epicentro em Almada e que compraria carros para "branquear" dinheiro proveniente desse crime.“A lavagem de capitais passava pela aquisição de bens materiais de elevado valor, como automóveis e motociclos, num estabelecimento de venda de automóveis na região do Porto, o qual fornecia ainda veículos de alta cilindrada para o transporte de produto estupefaciente para esta rede, cujo proprietário foi detido”, lê-se no comunicado da GNR. Foi por isso que Augusto Fernandes foi detido e levado para Almada.

Mas o seu advogado, Aníbal Pinto, garante à imprensa desta manhã que o empresário poveiro “está inocente “ e “não fez mais do que qualquer vendedor de automóveis faz”. “Lamento é este expediente de deter uma pessoa na Póvoa de Varzim e trazê-la para Almada” disse o advogado ao Correio da Manhã. Já ao Jornal de Notícias, Aníbal Pinto detalhou mais a questão: “estou escandalizado por ver as autoridades a não cumprirem os preceitos legais. Não consigo entender porque detiveram um cidadão quando nada indicava que, se fosse normalmente identificado, não iria comparecer a interrogatório, O meu cliente nada tem a ver com o tráfico de droga. Simplesmente tem um estabelecimento aberto no qual vende automóveis, faturando cinco a seis milhões de euros por ano". O certo é que o dono do stand localizado em Argivai teve de passar uma noite nos calabouços da GNR e, depois de ter sido interrogado por uma procuradora do Ministério Público, foi libertado. Foi elaborado o Termo de Identidade e Residência, mas nem sequer presente a um juiz, refere o JN. 

Na operação da GNR foram detidos mais seis homens e duas mulheres, com idades entre os 21 e os 47 anos, pelo crime de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e branqueamento de capitais. A Guarda refere que se trata de “uma estrutura criminal bem organizada, hierarquizada e de elevada complexidade, sediada em Almada, com ligações a outros grupos de indivíduos fornecedores de estupefacientes da zona da Grande Lisboa, e dedicava-se exclusivamente ao tráfico de heroína e cocaína, usando métodos ardilosos, como a criação de empresas, que serviam para justificar e branquear as avultadas quantidades de dinheiro obtidas”. Nesta operação foram cumpridos 33 mandados de busca, tendo culminado na detenção dos oito suspeitos e na apreensão do seguinte material: 952 doses de heroína; 335 doses de cocaína; oito doses de haxixe; seis veículos; 22. 170 euros em numerário; 75 munições de diversos calibres; duas armas de fogo e duas réplicas de armas de fogo, bem como artigos relacionados com a distribuição de droga, peças em ouro, equipamento eletrónico e informático, telemóveis e documentação contabilística e bancária.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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