Rádio Onda Viva

Emissão Online

Marcelo Rebelo de Sousa 'estrela' no Correntes d´Escritas

Estão atribuídos os prémios da 20ª edição do Correntes d´ Escritas. O prémio principal atribuído pelo Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros, foi para o livro de poesia “A Noite Imóvel “, de Luís Quintais. Uma poveira, Ana Paula Mateus, ganhou o Prémio literário Fundação Dr. Luís Rainha/ Correntes d´Escritas. E há mais vencedores poveiros no palmarés do festival literário (estes de palmo e meio) : uma turma do 4º ano da escola Básica de Rates recebeu uma menção honrosa, pela ilustração, do Conto “Alerta Vermelho no Oceano”.

A cerimónia de abertura do certame, como de costume no Casino da Póvoa, foi presidida por Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente da República foi muito acarinhado e, para além das dezenas de escritores e figuras públicas da Póvoa, de vários setores,  à entrada para o Casino, com passadeira vermelha estendida na escadaria e a Banda de Musica da Póvoa a tocar, o chefe de Estado  já tinha uma pequena multidão à sua espera. Marcelo lá foi distribuindo beijos e abraços sempre que solicitado e não se negou às famosas selfies. Houve até um grupo de estudantes de Esposende, imagine-se,  que veio à Póvoa neste dia para estar com Marcelo para este fazer um apelo ao voto nas eleições europeias deste ano. E, precisamente, da Europa falou Aires Pereira, no seu discurso centrado na importância da palavra e da língua portuguesa, em concreto. É que o presidente da Câmara da Póvoa, descortina no Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) uma queda da língua inglesa no seio da UE e o português, falado por 250 milhões de pessoas em todo o mundo, tem que aproveita a circunstância e  ganhar mais peso e importância na cena institucional internacional.

Na cerimónia, o último a discursar - depois da alocução do presidente da República de Cabo e presidente em exercício da Comunidades de Países de Língua Portuguesa (CPLP) -  foi Marcelo Rebelo de Sousa que centrou o seu discurso em três eixos: memória (das suas vindas anteriores ao Correntes), gratidão e futuro” (do encontro de escritores de expressão ibérica). Gratidão foi a segunda ideia que o presidente da República quis transmitir. Por fim, numa terceira vertente, Marcelo focou o seu discurso no que designou “recriação no futuro” (do Correntes d´Escritas), ressalvando que se há que mudar algo, também há que deixar estar o que está bem. Este é o desafio (recriar) “neste instante de balanço e invenção do tempo que aí vem”, sublinhou Marcelo. O presidente da República exortou todos a empenharem-se num combate pelos livros.

José Carlos Fonseca, escritor, presidente de Cabo Verde e presidente em exercício da Comunidades de Países de Língua Portuguesa foi outro dos oradores. Ele recordou uma visita que fez à Póvoa, há  54 anos, era treinador do Varzim  Sport Club Joaquim Meirim e tinha um guarda-redes angolano chamado  Benje. A evocação futebolística deixou a plateia com um sorriso nos lábios. Graça Fonseca ministra da Cultura, também marcou presença, elogiando “o espaço de diálogo franco “do Correntes, desde a primeira hora. O certame literário decorre até  dia 27 de fevereiro. 

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  Clique para solicitar um orçamento

RECOMENDADAS

Login