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Arrancou julgamento de comerciante da Estela alvejado

Começou esta quarta-feira a ser julgado Tribunal de Matosinhos o caso de um casal acusado de envolvimento na tentativa de um homicídio de um comerciante de frutas e legumes à porta do seu armazém situado junto à Estrada Nacional 13, na Estela, Póvoa de Varzim em fevereiro de 2016.

A mulher terá ajudado a disparar sobre Júlio Dinis, de 42 anos, que acabou por ficar tetraplégico. A PJ reuniu provas materiais do seu “envolvimento no crime de coautoria de homicídio na forma tentada”. A mulher, estrangeira, com 30 anos de idade terá, na versão da PJ, agido em “conjugação de esforços” com um indivíduo o português, com 21 anos, com antecedentes criminais pela prática dos crimes de violência doméstica, tráfico de estupefacientes e posse de arma proibida. Ambos surpreenderam o ofendido no interior do armazém onde este trabalhava e acabou por ser baleado gravemente no pescoço. A mulher foi considerada cúmplice de conduzir o carro em que ambos fugiram do local, mas terá sido o homem a disparar.

O tribunal começou por ouvir a vítima. Júlio Dinis apareceu em tribunal de cadeira de rodas, a palavra que mais repetiu ao longo da sessão foi “revolta”. Disse que “não tinha problemas com ninguém”, que não conhecia o indivíduo que disparou, e que posteriormente identificou, e que desconhecias as motivações do crime. Algumas vezes invocou perda de memória.

O Ministério Público insistiu na questão do relacionamento do ofendido com a companheira.

Júlio Dinis disse ao tribunal que na véspera viu “uma pessoa estranha na zona”. O ofendido também invocou várias vezes a perda de memória resultante do crime. Júlio Dinis garantiu por outro lado desconhecer a mulher suspeita de co-autoria do crime.

Depôs também a filha do casal, de 17 anos. Ela contou como foi o seu dia 16 de fevereiro, a tal data de má memória para a família, detalhando que fora o pai quem a tinha ido buscar à escola e levou a casa. À casa à qual o pai tardava a chegar. Telefonaram-lhe mas ele não atendeu. Foram ao local ao armazém situado junto à Estrada Nacional 13, na Estela, A jovem contou que viu o pai deitado no chão, que entrou em pânico e chamou vizinhos. O homem estava numa poça de sangue.

O tribunal procurou saber se havia desentendimento com a vizinhança, ao qual foi dito que não pela adolescente, que sublinhou que os pais “davam-se bem”.

Foi também ouvida a esposa de Júlio Dinis. A mulher disse que Júlio “deixou de ser o mesmo homem” após o sucedido”, que “há dias em que está bem, e outros em que não está”. Afirmou também que “não aceita o que sucedeu”. Referiu que a sua situação financeira piorou também, com as despesas de saúde a subirem depois do marido deixar de trabalhar, ao ficar tetraplégico.

 

 

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