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Euromilionária já falou no julgamento

Já começou o julgamento de uma ação cível em que a vencedora do Euromilhões em 8 de março de 2013, numa aposta registada na Póvoa de Varzim exige do ex-marido a devolução de 13 milhões  de euros mais um prédio e o respetivo recheio, num valor a rondar os 600 mil euros. Na primeira sessão realizada ontem no Palácio da Justiça poveiro, Amélia de Jesus disse que deu o dinheiro e o imóvel a Abílio Ribeiro sob pressão deste, com ameaças e agressões, e como tal as doações são nulas. Quanto à origem financeira, garante que foi ela que, com dois euros, registou o boletim e venceu o primeiro prémio que, depois de descontados os impostos, atribuiu um bolo de 41 milhões de euros. Todavia, foi em nome do homem que foi emitido a ordem de pagamento já que, segundo a mulher, ele, por telefone, deu erradamente os dados dele à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que gere os prémios.  Ela deu a sua anuência a esse aspeto burocrático porque, diz, não queria atrasar o recebimento do dinheiro que logo a seguir foi transferido para uma conta dela.Mais: para reforçar a sua tese de que o Euromilhões foi seu, Amélia de Jesus chegou a especificar que, mal soube do resultado do sorteio no dia seguinte à extração, andou sempre com o talão preso com um alfinete à roupa interior até se dirigir, com o filhos o irmão e o agora ex-marido, a um banco para o papel ficar à guarda de um banco. Amélia diz que foi aconselhada por um advogado a casar-se com Abílio por motivos fiscais e, nos primeiros meses, o casal gastou parte do dinheiro em viagens, automóveis, compra de imóveis e distribuição de algumas verbas pelos filhos, irmão, sobrinhos e outras pessoas.Terá sido nessa altura que a mulher terá efetuado duas doações a Abílio, de dez e três milhões, que agora está a tentar reaver invocando que, ao casar com separação de bens e após o divórcio (em 2014) pertence-lhe o dinheiro dado num quadro de ameaças e agressões como o que descreveu na audiência.Sobre o acordo de compromisso e confidencialidade que terá assinado em que ambos assumiam que já tinham dividido tudo, afirma que julgava que tal era relativo somente  ao facto de um não falarem sobre o outro publicamente.O ex-marido que afirma ser o detentor do prémio terá a oportunidade de contestar o que disse Amélia, mas, para já, o julgamento vai continuar no Tribunal da Póvoa de Varzim, a 24 de janeiro, com a audição de testemunhas os filhos da euromilionária.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

 

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