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Encravada candidatura a Património Mundial

A candidatura da construção naval em madeira de Vila do Conde a Património Cultural Imaterial da Humanidade está encravada em Portugal, mais propriamente na entrada para o Inventário Nacional, algo de imprescindível para quem quiser aceder a classificação da UNESCO, o organismo das Nações Unidas que decide o que deve ser considerado um bem mundial. A Câmara de Vila do Conde apresentou um projeto, mas aparece na lista de 21 casos que ainda aguardam um aval da Direção Geral do Património Cultural, refere o Jornal de Notícias de hoje. A candidatura insere-se no projeto do Município, acrescentado em 2015, designado “Vila do Conde: um porto para o mundo”. E foi justificada pelo facto da edificação de embarcações ter mais de dez séculos e atualmente, ainda existirem várias empresas “que se dedicam exclusivamente a esta arte e entre os seus trabalhadores encontramos a ciência e o engenho que permitem a construção de barcos em madeira, sejam lanchas, traineiras, naus ou caravelas”. O pedido de inventário feito pela Câmara foi registado como “salvaguarda urgente”, destinado à proteção legal de manifestações em risco de desaparecimento a curto e médio prazo. A autarquia justificou que esperava assim “poder ajudar a travar o declínio desta atividade ainda tão importante e tão identitária de Vila do Conde, assumindo as ações de salvaguarda e valorização como fundamentais no compromisso entre o Município, os Estaleiros de construção naval de Azurara e Poça da Barca e a comunidade vila-condense”. E referiu mais em 2016: “Considerando a previsão de que as reparações em embarcações de madeira tendem a aumentar progressivamente, até pela ausência de estaleiros com escala empresarial no país, e considerando que uma significativa percentagem da frota pesqueira portuguesa ainda é constituída por embarcações de madeira, ou seja cerca de 66% em 2015, segundo os dados da Direção Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, crê-se que poderá estar, num futuro próximo, assegurada a continuidade dos históricos estaleiros navais de Vila do Conde. A par disso, atendemos também a uma nova indústria, a do Turismo Cultural que, a somar à prática da vela desportiva tornam imprescindível a manutenção das técnicas de construção tradicional em madeira”

 

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