Protesto marcado para Vila do Conde

Os antigos trabalhadores da Fábrica de Mindelo, Vila do conde, agendaram para o final desta semana uma concentração à porta do prédio onde se situa o escritório de advogados que estão a tratar de um processo de reclamação de três milhões que supostamente a Caixa Geral de Depósitos (CGD) mantém retidos e que resultaram de juros da venda de maquinaria e materiais. Os operários reclamam esse dinheiro uma vez que não receberam a totalidade das indemnizações a que teriam direito. E por isso recorreram ao Tribunal da Relação do Porto, mas a instância judicial entende que uma ação de enriquecimento ilícito contra a entidade bancária não pode ser feita pelos antigos empregados, mas somente pelo gestor judicial da massa falida, Alberto Lopes. Todavia este último já encerrou o processo da Sociedade Industrial do Mindelo e só admite entrar com uma ação contra a CGD se os operários lhe fornecerem pareceres de especialistas que admitam o sucesso da queixa. Foi por causa disso que os antigos trabalhadores se dirigiram aos advogados e pagaram uma verba para o efeito. Mas, desde então, os meses foram passando e os causídicos não deram mais informações. Cansados de esperar reuniram-se na casa de Fernando Gomes, ex-operário e que revelou à Onda Viva as conclusões desse encontro que agendou a tal concentração para a próxima sexta-feira, às 15 horas, para acabar com o impasse. Os ex-trabalhadores temem que se esgote o prazo para reivindicar os três millhões de  euros em causa. A Sociedade Industrial da Mindelo chegou a ser um colosso da indústria têxtil nortenha, mas foi declarada falida em 1996. Só decorrida mais de uma década é que, sobretudo com o apuro da venda das instalações e terreno, chegaram aos 360 operários as indemnizações possíveis.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

  

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