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Problema em urgências na Póvoa

hospital da póvoa3,2 milhões de portugueses acorreram aos hospitais nos primeiros seis meses do ano – mais 135 mil do que no mesmo período do ano passado - , mas cerca de 40 por cento representaram “falsas urgências”. Em todo o país, há 12 unidades de saúde, onde os casos não urgentes representam mais de 50 por cento das idas às urgências. No topo da lista nacional, está o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC) onde este número sobe para 58 por cento. Contas feitas, nos primeiros seis meses do ano, o hospital poveiro atendeu 37559 pessoas no serviço de urgência, 21790 das quais constituíam, pelo menos teoricamente, situações desnecessárias de atendimento na urgência. A esses doentes foram entregues pulseiras brancas (falsa urgência), azuis (não urgente) ou verdes (pouco urgente), segundo a triagem de Manchester que é feita à entrada por profissional de enfermagem. Os números são da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), mas, em declarações ao “Porto Canal”, o diretor clínico do CHPV/VC, Joaquim Monteiro, diz ter outros números, completamente distintos dos apontados no estudo. Só se verificaram três por cento de situações não urgentes, garantiu. Já o presidente da secção do norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, ouvido pelo mesmo canal televisivo, disse que é preciso “educar as pessoas” para que elas percebam quando devem ir ao Centro de Saúde ou à  urgência hospitalar. Mas também é preciso garantir que os doentes tenham resposta nos cuidados de saúde primários, o que muitas vezes não acontece, levando as pessoas a recorrer ao hospital. De acordo com a triagem de Manchester só os doentes triados com pulseiras amarela e a laranja são considerados, respetivamente, casos urgentes e muito urgentes. No caso dos vermelhos, significa emergência com risco de vida para o paciente. Assim, brancos, verdes e azuis são doentes que poderiam ter sido vistos nos centros de saúde. Na região norte, o Centro Hospitalar do Porto é o que tem menor número de “falsas urgências” (17%), seguido do “S. João” com 29%. No top 8 dos que mais idas desnecessárias apresentam está, a norte, para além do CHPV/VC, o Hospital de Barcelos e o Senhora de Oliveira, em Guimarães.

As declarações podem ser ouvidas na edição local.

     

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